O que Aristóteles, Platão e monges têm a ver com comunicação?
Tudo! Afinal, talvez você não saiba, mas eles contribuíram com a criação do conceito de comunicação que usamos até hoje. Explico.
Quem gosta de história e de descobrir fatos curiosos do mundo, vai adorar o conteúdo dessa edição – que, confesso, demorou demais para chegar em seu e-mail; agradeço quem puder perdoar minha ausência recente.
Mas vamos ao que interessa…
Quem me acompanha, sabe que eu estou sempre estudando e tentando descobrir coisas interessantes sobre comunicação. E alguns estudos recentes me ajudaram a fazer a seguinte contextualização:
Aristóteles, Platão e monges do cristianismo antigo contribuíram, cada um à sua maneira, para desenvolver o conceito de comunicação que usamos até hoje.
Gostei tanto dessa ideia, que até publiquei um vídeo sobre isso, lá no meu canal no YouTube. Se quiser se aprofundar, assista lá. Mas vou resumir aqui, para os meus queridos leitores.
Primeiros passos da Comunicação na Grécia Antiga
Quando se fala em origens da comunicação, como ciência e objeto de estudo, é quase que obrigatório tratar de grandes filósofos, como Platão (428-348 a.C) e Aristóteles (384-322 a.C.).
Platão acreditava que o diálogo era a melhor forma de alcançar a verdade.
Então, ele descreveu o diálogo socrático, que se baseia em perguntas e respostas. O principal objetivo é expor contradições nas crenças do interlocutor e levá-lo à verdade. Ou seja, o diálogo incentiva o pensamento crítico e a troca de perspectivas, algo que hoje é essencial na comunicação pessoal e profissional.
E Aristóteles explicou uma maneira de persuadir por meio da fala.
Isso pode ser feito com três elementos: ethos (credibilidade do orador), pathos (apelo emocional) e logos (lógica do argumento). Assim nasceu o conceito de retórica, fundamental para qualquer forma de comunicação, até os dias atuais, seja em discursos, negociações ou campanhas de marketing.
Então, veja só…
Em tempos antigos, ainda não existia a definição e palavra exata que usamos hoje (comunicação). Os estudos e observações eram feitos mais sobre discursos, o que fez surgir os conceitos de diálogo e dialética, com Platão, e a retórica de Aristóteles.
A Comunicação nasce na idade média
Mas, com o passar dos anos, monges do cristianismo antigo, especialmente os cenobitas, iniciaram uma prática que ficou conhecida como communicatio.
Então, foi entre os séculos I e V d.C. que as pessoas começaram a dar nome ao que fazemos todos os dias: nos comunicar.
A communicatio, que literalmente significa "tomar a refeição da noite em comum", era uma prática que simboliza mais do que apenas uma refeição compartilhada.
Ela representava a quebra do isolamento e valorizava as relações comunitárias.
Assim, os monges cenobitas, ajudaram a estabelecer um entendimento mais profundo de comunicação como um processo de compartilhamento e interação.
Gostou?
Entender como a história se desenvolve ao longo dos séculos nos ajuda a valorizar e aprimorar nossas próprias habilidades de comunicação.
Não esqueça de checar o vídeo da semana, pra entender todos os detalhes dessas origens da comunicação. E, me conta o que achou e se gostaria de mais conteúdo como este aqui na newsletter – é só responder a este e-mail.
➡️ E se você tiver curiosidade para saber de onde tirei essa história toda dos monges, encontrei parte dela no livro Teorias da Comunicação.
Nos vemos na próxima semana!
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